07/08/2010

“Ensinar ciência não é transmitir dogmas”

O pensamento científico é arma poderosa na sociedade contemporânea, diz o sujeito da frase acima, Fernando Reinach, 54 anos, pesquisador renomado em biologia molecular e também líder empresarial respeitado no mundo tecnológico. O biólogo, professor titular de Bioquímica aos 35 anos na USP, foi um dos mentores e coordenadores do primeiro projeto genoma brasileiro, o da Xylella fastidiosa, bactéria que causa doenças em plantas como a laranjeira. No universo dos negócios, criou a Genomics, a primeira empresa brasileira a fazer testes de paternidade. A experiência o colocou, em 2003, na lista da revista Scientific American de 50 empreendedores de destaque em todo o mundo. Ex-executivo da Votorantim Novos Negócios, onde ajudava a criar empresas de base tecnológica, o cientista empreendedor gosta mesmo é de ver o pensamento científico em ação. O ensino das ciências na escola, para ele, tem de fomentar esse raciocínio, crítico e dedutivo, que impulsiona o empreendedorismo e o desenvolvimento da sociedade. 

Reinach também atua como divulgador científico em uma coluna semanal do jornal O Estado de S. Paulo, atiçando a curiosidade, intrigando e fazendo pensar. Uma coletânea desses textos foi reunida no livro “A Longa Marcha dos Grilos Canibais”, publicado pela Companhia das Letras. Por causa do interesse que professores demonstram pelo conteúdo dessas crônicas, Fernando e a editora têm um projeto destinado a mostrar aos docentes da rede pública de ensino, em encontros, como aplicar o material do livro na sala de aula, o que deve acontecer no segundo semestre deste ano. Na entrevista a seguir, ele mostra o que faz de melhor pela educação científica: dar a ela um delicioso sabor de aventura.

Fernando Reinach, pesquisador e divulgador científico, afirma que a diferença é mostrar ao aluno como se chegou a determinado conhecimento 

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